Uma vez explorador, sempre explorador
Nicolas Vigil Guia da explora na Ilha de Páscoa
Uma de nossas viajantes tinha planejado uma longa viagem com o pai dela pelo Chile e pela América do Sul e que seria uma grande aventura para eles dois. Então, um mês antes da partida, ele morreu. Depois de pensar muito e por um longo tempo, ela decidiu fazer a viagem sozinha.
Encontrando o local perfeito
Quando chegou ao hotel em Rapa Nui, ela me contou que tinha levado as cinzas do pai com ela. Ela queria levar as cinzas para os lugares mais especiais de sua viagem e, então, escolhemos uma caminhada de um dia inteiro pela costa norte da ilha. Depois de caminhar e conversar por alguns quilômetros, paramos para descansar em um lugar especialmente bonito e agradável. É um lugar em que as ondas batem nas rochas da costa; existem cavernas lá e força da água é tão explosiva que parece formar um gêiser. Aquele dia estava nublado, mas o sol brilhava de vez em quando entre as nuvens e nós paramos para observar a vista.
…uma onda bateu com força contra as rochas, formando uma parede de água…
Momento perfeito
Depois de algum tempo, ela disse que seu pai teria adorado o lugar e que gostaria de espalhar as cinzas dele ali. Falei para ela levar o tempo que fosse necessário e que eu esperaria um pouco afastado. Depois de alguns minutos perdida em pensamentos, ela espalhou as cinzas do pai do alto do penhasco. Exatamente nesse momento, uma onda bateu com força contra as rochas, formando uma parede de água, e o sol saiu de trás das nuvens criando um arco-íris e formando uma paisagem colorida.
O espírito da aventura continua vivo
Quando ela se virou para ver se eu ainda estava lá, vi que o rosto dela estava coberto por lágrimas. Foi como se o pai estivesse dizendo para ela, da forma mais intensa possível, o quanto ele estava feliz por sua filha ainda estar lá, cheia de vida e aproveitando cada momento do presente.